O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) reiterou nesta segunda-feira, através de um comunicado, que os seus deputados eleitos irão tomar posse na Assembleia da República no próximo dia 13 de janeiro. A decisão marca um posicionamento firme do partido liderado por Albino Forquilha, em meio às controvérsias políticas que envolvem a oposição e os debates sobre a legalidade eleitoral no país.
Compromisso com a Legalidade
No comunicado enviado à imprensa, o PODEMOS reforça seu compromisso com o respeito integral ao Direito e à legalidade eleitoral. O partido sublinhou que, apesar das tensões internas e das alegações de violação de acordos por parte de Venâncio Mondlane, sua prioridade continua sendo a resolução de problemas que afetam o povo moçambicano.
"A nossa atividade política não é um fim em si mesma, mas um meio para promover o progresso do país e resolver os conflitos pós-eleitorais," afirma o documento.
Disputa Interna e Acusações
O partido acusou Venâncio Mondlane de violar reiteradamente os termos de acordos firmados desde o período eleitoral, argumentando que tais ações comprometeram a coesão interna e os objetivos estratégicos do PODEMOS.
Por outro lado, rebateu a tese defendida por Dinis Tivane, segundo a qual a ausência de tomada de posse por parte dos deputados não acarretaria consequências jurídicas. O comunicado esclarece que o Regimento da Assembleia da República, em consonância com a Constituição da República, estabelece que a não tomada de posse equivale à desistência do mandato parlamentar, conforme disposto no artigo 10º.
Foco na Estabilidade Política
O PODEMOS reafirmou que seu foco permanece na garantia da estabilidade política e na construção de um ambiente que respeite a soberania popular nos futuros processos eleitorais.
"O nosso objetivo é assegurar que a vontade do povo seja sempre respeitada e determinante para os resultados eleitorais," destacou o comunicado, ressaltando a necessidade de priorizar questões fundamentais para o progresso do país.
Próximos Passos
Com a data de posse marcada, os olhos estão voltados para o desdobramento das ações do PODEMOS e suas lideranças. A decisão de tomar posse em meio às disputas internas e ao contexto político polarizado levanta questões sobre a capacidade do partido em manter a unidade e liderar com eficácia no atual cenário político