O partido PODEMOS manifestou surpresa com o anúncio da rutura de Venâncio Mondlane, alegando que o documento divulgado pelo Gabinete de Assessoria do político não tem legitimidade. Segundo o porta-voz do partido, Duclésio Chico, Mondlane não assinou pessoalmente o comunicado, tornando questionável a sua autenticidade.
A decisão de Mondlane de se afastar do partido liderado por Albino Forquilha tem sido justificada pela sua assessoria como uma resposta à suposta "venda da luta do povo" pelo PODEMOS. A separação surge após um período de crescentes divergências, agravadas pelo envolvimento do político nos protestos pela verdade eleitoral em Moçambique.
Chico criticou a forma como a decisão foi comunicada e pediu que qualquer rescisão fosse feita segundo os processos estipulados no acordo estabelecido entre as partes. "Não sabemos o que aconteceu e ficámos surpresos com a comunicação de Dinis Tivane. Repudiamos o conteúdo do documento porque são insultos contra o partido", declarou.
Para o analista político Wilker Dias, a separação já era previsível. Segundo ele, o relacionamento entre Mondlane e o PODEMOS vinha se deteriorando há meses, tornando a rutura inevitável.
O futuro político de Venâncio Mondlane ainda é incerto, mas o seu afastamento do PODEMOS reforça as tensões na oposição e reconfigura o cenário político moçambicano.